terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O assunto é ASANA.

Se não aprendermos a aquietar o corpo, não aquietaremos a mente. Patanjali deixa bem claro que os asanas preparam o praticante para os pranayamas e os pranayamas levam o praticante à concentração.
Aspectos Individuais da Prática
RITMO - Cada um deve executar os movimentos que o levam até a postura e o trazem de volta no seu próprio ritmo. O ritmo varia de movimento para movimento, de pessoa para pessoa e de dia para dia. O ritmo de cada um é um movimento observado. Por traz do ritmo está a idéia do contrôle. O ritmo garante a qualidade da concentração durante a prática. Movimentos feitos com impulsos e solavancos distraem o praticante.
AMPLITUDE - É a mobilidade (articular) associada à flexibilidade (muscular) que permite ao praticante movimentar-se até determinados limites. Em Yoga a amplitude não é o máximo possivel, e sim, o máximo confortável. O que deve orientar o praticante com relação a amplitude é uma sensação.Por traz da amplitude está a idéia de reconhecimento de limites, de verdade e de auto-conhecimento.
PERMANÊNCIA - É mais do que a simples capacidade de se manter no asana. Permanência é um estado de presença. Estar presente significa estar consciente da maior quantidade possivel de informações que chegam ao sistema nervoso central naquele momento. Manter-se na postura pensando no que vai fazer mais tarde é ausência.
DESCANSO - É o tempo necessário entre uma técnica e outra onde o praticante observa o efeito do que foi realizado. Não é simplesmente para descansar, é o momento em que escutamos.
Neste diálogo entre o corpo e a mente, durante a execução da prática nós "falamos"e durante o descanso nós "ouvimos". Por traz da idéia do descanso, está a manutenção da capacidade de se perceber. Hoje em dia nós falamos muito e ouvimos pouco. Temos que desenvolver a observação passiva.
Para concluir; asana é sinônimo de estabilidade e imobilidade. Porém, não confunda imobilidade com inatividade. A atividade que o mantém imóvel é a atividade que nos interessa em Yoga. A coordenação dos impulsos neuro-musculares para manter o praticante imóvel com o menor esforço possivel exigem treino. É como um peãozinho, daqueles que brincávamos quando crianças. À distância parece imóvel, tal é o equilíbrio em que se encontra, mas existe uma atividade por traz dessa aparente imobilidade e esta atividade é YOGA.

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